Não me dedico habitualmente e com regularidade ao mercado de arrendamento.
O meu foco e core business foi sempre a venda de imóveis residenciais no Grande Porto.
De qualquer forma, ao longo dos anos, sempre fui trabalhando a vertente de arrendamento, numa postura receptiva, ou seja, em resposta às necessidades dos meus clientes, sejam eles inquilinos ou senhorios.
Estes últimos tempos tenho verificado que o mercado de arrendamento começa a dar sinais de algum desenvolvimento, por pressão da procura que tem vindo a aumentar significativamente.
Foi por isso que estes primeiros 4 meses de 2023, assegurei já o arrendamento de 8 imóveis (é de notar que durante todo o ano de 2021 arrendei 4 imóveis e em todo o ano de 2022, 10 imóveis).
Ou seja, ainda se nota uma grande escassez de imóveis no mercado de arredamento mas, a oferta tem claramente vindo a aumentar talvez, apesar de tudo, a um ritmo bem mais lento que a procura.
Mas quem tem vindo afinal a arrendar estes imóveis?
Posso falar nestes 8: todos residenciais e todos localizados no Porto (6) e Matosinhos (2).
- 25% dos inquilinos são portugueses e os restantes 75% curiosamente todos eles de nacionalidades distintas, a saber, Alemanha, Brasil, EUA, República Checa, Ucrânia e Rússia.
- Dos inquilinos estrangeiros, cerca de 50% vêm trabalhar em Portugal e os outros 50% mantém o seu trabalho remoto, no país de origem, ficando a viver no Porto.
Em termos de imóveis, as características são diversas, ou seja, tratam-se quer de apartamentos quer moradias, tipologias T0 a T3 e preços que oscilam entre 650€ e 2.200€ e, sim, …, constato que nestes 8 imóveis, os portugueses foram os que arrendaram os imóveis mais pequenos e de renda mais baixa.
É realmente difícil para um português com rendimentos médios “concorrer” com os estrangeiros na procura de arrendamentos no Porto!
… Que soluções? …