Quase a chegar ao final de 2023, não podemos deixar de questionar, como se terá portado afinal o mercado imobiliário?
A incerteza foi (e ainda é) elevada, com diferentes expectativas e previsões face à evolução do mercado.
Como se portou o mercado, tendo em conta o comportamento das taxas de juros, taxa de inflação e flutuações da procura?
Claro que, concluído o 2023 teremos certamente dados finais mais conclusivos, mas, para os mais curiosos (como eu 🙂 ) não posso deixar desde já de apontar as principais tendências, com destaque para a região do Porto.
O titulo da Revista da Confidencial Imobiliário de Novembro de 2023, com um dossier exclusivo sobre o Porto, é por si só elucidativo:
“Porto acelera preços e cresce na promoção residencial.
Valorização intensifica para 10%.
Novos fogos em pipeline lançados até setembro já superam todo o 2022”.
Ainda no mesmo documento é referido que:
- O investimento imobiliário no Porto caiu pela primeira vez em 2 dois anos, mas os preços exibem um comportamento positivo.
- O centro histórico recupera os preços e inverte quebra de preços de 2022
- Em termos de concelhos limítrofes destaca-se Vila Nova de Gaia que lidera o crescimento dos preços e nova promoção.
- Já Matosinhos trava na valorização e nas intenções de investimento.
- Gondomar é mencionada como a “coroa do Porto” liderando o crescimento da nova promoção.
No terceiro trimestre de 2023, verifica-se uma aceleração do aumento dos preços, sendo o aumento de preços da habitação registado de 10,3% , face ao período homologo do ano anterior.
Já o portal idealista refere que “a venda de casas em Portugal está a arrefecer em 2023, devido à subida de juros e perda de poder de compra por via da inflação, a par da falta de confiança nos mercados. Mas apesar da procura estar a diminuir, esta continua a ser bem superior à oferta de casas. E, em resultado, os preços das casas para comprar em Portugal continuam a subir.”
Ainda segundo o Idealista, o Porto é a segunda cidade mas cara para comprar casa em Portugal (3.424 euros/m2).
Na verdade, parece que o texto que escrevi no inicio deste ano (https://liasenra.pt/2023-e-agora/ ) se mantém válido e atualizado!
Já na altura não previa uma redução significativa dos preços, mas sim uma redução do número de transações.
Continua a ser importante “que o mercado funcione e se tomem as melhores decisões. Estas passam sempre por comprar, no momento em que é preciso comprar, e vender no momento em que é preciso vender.”