Páscoa – Tradição, História e Origem

A palavra Páscoa provêm do hebreu “Peseach”, e significa passagem da escravidão para a liberdade. Esta é a tradição da Páscoa, a maior festa do cristianismo, onde se comemora a morte e a ressurreição de Jesus.

 

Tradição

 

Os ovos, os coelhos de Páscoa, os folares, o pão e o vinho, a cruz, o cordeiro, bem como todo este alvoroço em torno desta época de dedicação ao Cristianismo são já comuns. Produzem-se muitos doces e iguarias, mas esta é também uma época na qual as pessoas aproveitam para visitar as famílias que estão longe.

 

História

 

Desde há mais de 1400 anos AC, o povo hebreu, aquele que popularmente passámos a denominar por judeus, celebrava esta época anualmente por altura da Primavera.

Esta era a data próxima da 6ª feira santa, mas a Páscoa só se celebra realmente após a saída do domínio Faraó, na altura em que muitos dos homens se conseguiram livrar da morte, graças a sangue de cordeiro nos umbrais das portas. Assim, os soldados ao irem matá-los tinham que pular as portas marcadas. Por isso o nome Páscoa, do hebraico Pesah, significa ‘poupar’ ou ‘passar por cima’.

A partir dessa época, a Páscoa passou a ser comemorada na Primavera, momento em que a família se reunia toda. Actualmente, para os cristãos, a Páscoa é sinónimo de ressurreição de Jesus. Há aqui uma analogia entre ambas as tradições que convém referir, e daí toda a semelhança: o cordeiro foi sacrificado para que o seu sangue salvasse os judeus, e também Jesus  sujeitou-se a tal sacrifício para que o seu sangue pudesse lavar cada pecador.

Não podemos falar da Páscoa, sem falarmos da Quaresma, período de 40 dias que começa na 4ª feira de Cinzas até ao Domingo de Páscoa. Este é um período de reflexão, meditação e espiritualidade, que termina com a Semana Santa.

 

Domingo de Ramos

 

É no Domingo de Ramos que se reflete sobre os últimos momentos da vida de Jesus, mas existem muitos dias nesta época com um significado especial: na 5ª feira Santa comemora-se a Ceia do Senhor no Cenáculo e na 6ª feira, reflete-se acerca da morte de Jesus e o preço da salvação, terminando o período de Páscoa no Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa.

É impensável falarmos de Páscoa sem falarmos nos ovos. O Domingo de Páscoa é assinalado exatamente com o ovo que simboliza o renascimento, a ressurreição, a vida. Esta tradição de oferecer ovos vem de muito longe, da China. Antigamente, há muitos séculos atrás, os chineses, tinham o cuidado de embrulhar ovos naturais com cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterraba. Era assim que, ao retirá-los do fogo, os ovos ficavam com desenhos na casca. Só mais tarde esta tradição chegaria ao Egipto, e ambos os povos os distribuíam e ofereciam na Primavera.

 

Ressurreição de Jesus

 

Após a morte de Jesus, os cristãos consagraram esse hábito como lembrança da ressurreição. No século XVIII a Igreja adoptou-o oficialmente como o símbolo da Páscoa.

Desde então, trocam-se os ovos enfeitados no domingo após a Semana Santa. Mas, a tradição dos ovos naturais foi substituída pelos ovos de chocolate, facto que é explicável por duas versões: a primeira, afirma que a Igreja proibia, no período de Quaresma, a alimentação que incluísse ovos, carne e derivados de leite, embora esta versão pareça ser um pouco contraditória. A segunda possibilidade é o início da indústria do chocolate por volta de 1828, aparentando esta ser a mais provável.

 

Adaptado de mulherportuguesa.com

Partilhar: