Não gosto de hospitais … nunca gostei!
Ás vezes vejo-me enredada em conversas sobre médicos, análises, exames, intervenções cirúrgicas, e não consigo perceber, de todo, aquele entusiasmo na voz de quem tem mais uma análise para fazer, mais uma situação clinica para avaliar. Perdoe-me quem com regularidade e de forma acertada, monitoriza e vigia o seu estado de saúde, mas, honestamente, não consigo ter essa iniciativa e vontade.
Felizmente, não foram muitas as vezes a que tive de recorrer a um hospital ou serviços médicos públicos, e nunca por nada efetivamente grave. Mas, dessas poucas vezes ou em visitas a quem estava efectivamente doente, foi possivel assistir a muita dor e sofrimento à minha volta, mas acima de tudo a um claro abandono e à total ausência de empatia, para não dizer até alguma negligência.
Creio que terá sido por essas (felizmente) poucas experiências que sempre “fugi” dos serviços clínicos, em especial dos públicos.
Tenho o tremendo privilégio de poder ter um seguro de saúde, que me permite o recurso a assistência médica privada sempre que, eu ou a minha família, precisamos de alguma assistência médica.
Mesmo assim … continuo a “fugir” dos médicos e hospitais, limitando as visitas a estes espaços brancos e sem caráter ao estritamente necessário … mas estas ultimas semanas foram um pouco diferentes.
Por motivos de uma intervenção cirúrgica não grave, mas “séria” de um familiar que me é muito querido, neste último mês de Novembro, vi-me a fazer várias visitas ao hospital (a um hospital privado).
E assisti, desta vez, a um cuidado extremo da equipa médica, a uma simpatia e preocupação de todo o pessoal auxiliar, a boas instalações e equipamentos que embora não eliminem as dores, as tornam seguramente mais suportáveis.
Vi cuidado, vi profissionalismo, vi simpatia e empatia.
E vi-me a refletir no privilégio que é ter a possibilidade de recorrer a um hospital privado … sim, porque no público, não porque as pessoas são diferentes, mas na realidade, não há (ainda) capacidade para um serviço clínico humanizado e focado no doente.
E na verdade, esse privilégio advém não apenas da capacidade financeira ou da existência de um seguro de saúde, mas também pelo facto de residir numa cidade como o Porto.
Foi também por esta cirurgia, que há dias surgiu exatamente o tema da localização dos serviços clínicos. Há ainda muitas zonas do nosso País, que, mesmo que alguém tenha um seguro de saúde, não tem clínicas e hospitais privados a que possa recorrer .
Constatei que viver no Porto, para todos aqueles que precisam e gostam de recorrer a cuidados médicos, é de facto uma excelente opção.
Reflecti sobre aquela pergunta que maioritariamente clientes estrangeiros que procuram casa em Portugal fazem – “Tem hospitais privados perto?” E percebi que de fato é diferenciador, quando, por algum motivo, precisamos de passar alguns dias numa cama de hospital.
Na área metropolitana do Porto, são na verdade inúmeras as clínicas privadas e basta uma simples pesquisa no Google Maps para perceber que dispomos de dezenas de hospitais privados.
Diria que, a resposta à pergunta, “Há algum hospital perto?” para algum imóvel localizado na área metropolitana do Porto, é sempre sim!
PS: Neste caso em particular, a experiência positiva ocorreu no Hospital de Santa Maria, a quem aproveito para agradecer todo o carinho e dedicação que teve com a minha querida Mãe, agora em franca recuperação.