COMO SE PORTOU O IMOBILIÁRIO NO 1º SEMESTRE

Concluída a primeira metade do ano, e numa fase de alguma inquietude dado o surgimento e desenvolvimento da guerra na Ucrânia, o aumento do preço das matérias primas, da taxa de juro e da taxa de inflação, importa olhar um pouco para trás e perceber como se tem comportado o mercado, para, de alguma forma, tentarmos estimar como será o comportamento nos próximos meses.

O conhecimento do mercado é essencial para que possamos tomar as melhores decisões imobiliárias, seja numa perspetiva de investimento, seja com o objetivo de adquirir ou mudar de casa própria.

Deixo-lhe aqui alguns dados de mercado que espero que sejam úteis na sua tomada de decisão, e lembre-se que estou sempre ao dispor para falarmos sobre imobiliário, sempre que necessário e fizer sentido para si.

Como dizia Francis Bacon já há muito tempo atrás, conhecimento é poder.

Alguns dados que considero importantes reter, do mercado do Porto:

  • O número de casas à venda no Porto reduziu 6% no segundo trimestre face ao 1º trimestre de 2022;
  • O número de arrendamentos disponíveis no Porto reduziu 46% no 2º trimestre de 2022 face ao 1º;
  • O preço de venda da habitação aumentou 13,9% no Porto no 1º trimestre de 2022 relativamente ao mesmo período de 2021.
  • Só no primeiro trimestre de 2022 os preços habitação no Porto subiram 3,9%
  • Preços mantêm trajetória robusta de subida, com aumento mensal de 2,5% em Maio em Portugal Continental;

Numa análise mais detalhada e versando a Área Metropolitana do Porto, constatamos:

  • No primeiro semestre de 2022 o valor médio da oferta residencial situou-se nos 3.031€/m2 e 354.365€ por fogo; estes valores no ano de 2021 foram respetivamente de de 2.808€/m2 e 325.588€ por fogo.
  • Se avaliarmos os valores efetivos de venda, no primeiro semestre temos um preço médio /m2 de 2067€ e 214.361€ por fogo; estes valores foram em 2021 de 1.837€ e 202.558€.

Face a estes dados e comportamento, quais as expectativas para o próximo semestre?

Será o aumento da taxa de juro capaz de travar o impacto nos preços causado pela consecutiva redução da oferta?

A crescente inflação e o aumento dos preço das matérias primas para a construção faz naturalmente subir os preços da habitação, mas levará também a um decréscimo da procura … qual será o efeito líquido nos preços?

Diria que ninguém terá a resposta a estas perguntas, mas vale sempre a pena pensar, refletir e discutir um pouco sobre tudo isto!

Fonte: Confidencial Imobiliário

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