2023! E AGORA…?

O que vai acontecer ao mercado imobiliário?

Os preços do imobiliário têm vindo a subir genérica e sistematicamente já há vários anos.

A inflação está em alta.

As taxas de juro de crédito habitação subiram acentuadamente estes últimos meses.

A oferta de imóveis continua reduzida.

Neste cenário, como se vai comportar o mercado imobiliário em 2023?

Na verdade, ninguém terá a resposta a esta pergunta. Teremos que “esperar para ver”!

Mas posso dar-vos, pelo menos, a minha opinião e expetativa … salvaguardado que não passa disso mesmo: uma mera opinião e meras expectativas.

Com as taxas de juro a subir, senti estes últimos dois meses, uma redução da procura. Ou, pelo menos, vários clientes que tiveram que reponderar as condições de compra e acesso ao crédito, e assim, adiar um pouco a compra. Por outro lado, também alguns investidores estão a adiar a decisão de compra na expetativa de preços mais baixos nos próximos meses.

Em simultâneo, com receio “da crise” também alguns proprietários optaram por não colocar o seu imóvel à venda, estimando que já não obteriam o valor esperado nos primeiros meses de 2022, pelo seu imóvel.

Ou seja, se já sentimos uma ligeira redução da procura, também sentimos uma redução da oferta, que já era significativamente baixa e inferior à procura.

Com este comportamento, o que estimo para estes primeiros meses de 2023, será não uma redução significativa dos preços, mas uma redução no número de transações.

O mercado parece estar em “standby” a tentar perceber como vai evoluir.

Assim, julgo que apenas vamos sentir alterações nos preços, quando o mercado “avançar” ou seja, quando quem quer comprar, e precisa de comprar avançar com a compra e , quem quer vender e precisa de vender avançar com a venda.

Será o resultado destes dois comportamentos que determinará a evolução dos preços.

Dadas as novas taxas de juros, estimo um abrandamento da procura face a 2022, e espero um (necessário) aumento da oferta, o que fará reduzir ligeiramente ou pelo menos estagnar os preços. Contudo, a inflação e o acentuado aumento do custo dos materiais de construção, não permite uma redução significativa dos custos de construção, pelo que creio não ser possivel uma redução generalizada dos preços do imobiliário, como muitos anunciam.

Teremos efetivamente que “esperar para ver”, mas o importante é que o mercado funcione e se tomem  as melhores decisões.

Estas passam sempre por comprar, no momento em que é preciso comprar, e vender no momento em que é preciso vender.

Será , estou convicta, sempre uma decisão individual com base nas condições e enquadramento de cada um, mais do que uma decisão com base em tendências de mercado.

Eu estarei por cá, para ajudar, a tomar a melhor decisão: comprar ou não comprar, vender ou não vender.

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