18 ANOS

O meu filho fez ontem, dia 18 de Maio, 18 anos!

É um homem (até me assusta dizer isto), cheio de sonhos e projetos a concretizar. E claro, com uma vontade imensa de se “libertar” da dependência dos pais, de encontrar o seu espaço e gerir o seu quotidiano à sua maneira.

Creio que como muitos jovens de 18 anos!

Isto faz-me naturalmente pensar que soluções de habitação têm, em Portugal, os jovens, não digo apenas de 18 anos, mas até aos 25.

Jovens sem rendimento estável, muitas vezes sem contrato de trabalho e sem poupanças ainda constituídas.

E de facto, as soluções de habitação são praticamente inexistentes! Será a única opção a permanência até, muitas vezes depois dos 30 anos, na casa dos pais?! NÃO! Não pode ser.

Sem uma poupança constituída para a entrada de um imóvel, a opção de compra não é possível. Não será também, creio, a opção ideal para um fase da vida ainda tão volátil.

O mercado de arrendamento em Portugal é muito escasso!

Muito pouca oferta;

Valores de renda incomportáveis para um jovem português;

Uma exigência elevada em termos de qualificação financeira e do perfil do inquilino (mas é de facto a lei da oferta e procura a operar);

Acresce uma legislação que valoriza contratos de longo prazo, limitadores na tomada de decisão de um jovem.

Começam a aparecer alguma opções de arrendamentos partilhados, no momento mais vocacionados para estudantes, mas estou convencida que poderá ser este um possível caminho / solução para jovens em início de vida profissional.

Ter os pais como possíveis fiadores é sempre uma mais valia. Mas será importante também avançar em força com as ténues soluções que vão surgindo de seguro de renda.

A flexibilidade laboral é cada vez maior, e sem duvida será o enquadramento da maioria dos jovens, pelo que temos que encontrar soluções de habitação que vão para além do arrendamento tradicional, com longos contratos e apresentação de comprovativos de rendimento de trabalho por conta de outrem (e contrato de trabalho sem termo!), sempre garantindo a segurança de todas as partes, inquilino e senhorio.

Caso contrário, os nossos jovens não poderão deixar a casa dos pais antes dos 30!

Quem arrisca a pensar nisto?

O meu filho agradece!

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